Em comum.

Posted by Tk On quarta-feira, 5 de março de 2014 0 comentários



Os pormenores mesmo que piores que sejam fazem sentir menos um quarto sequer do ultraje que é ser inutilmente nostálgico. Assim lhe falo, amigo, estou deixando de lado um mais de coragem que poderia ser deveras afiada num laço que não me rompe. Por dó então, eu vou me levando de ponteiro na vida, passando de corda qualquer que demais fosse pra permanecer. Nesse tempo, que aspira um ameno tão de horizontes, eu ao menos o torno algo que me traga um dia de mero intento, uma estação que espera você passar por cadente no céu da minha calçada curada a giz.

Alguns por vezes ou de longos meses encontram por fim um par, um achado de nada mais que espaço vago. Outros de vago, vagam atrás de algum traço que mereçam mais estragos. Esses tais esquecem de gravar os segundos de completo que nem de todo sonha em calar.

Matheus Souza

Tanto Faz.

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Tem coisas que de um tanto em tanto, fazem falta. Nem que agora tanto faça frio, eu te espero na porta. A maçaneta que morre de tão morna, vive a deixar quais despedidas fossem atrozes a falhar pelo tapete da sala, perto do conjunto novo de sofá. Faz tanto atrás, mas se volta, perde a hora e o ponteiro que era para acertar o tempo de chegar. E que de tanto ninguém traz, um pouco de conhaque diluído em afeto pra um velho resmungo varrido da sala de estar. O que me apraz, é um tanto que não se faz, é um orvalho que não cai e nem uma junta me desfaz aquele afago no peito de deitar num leito de qualquer rapaz. Apenas faz um tanto de mais, que de um voto não devora, porém remedia qualquer jura de quem nada sofre mais. Tanto faz.
Matheus Souza