Tem coisas que de um tanto em tanto, fazem falta. Nem que
agora tanto faça frio, eu te espero na porta. A maçaneta que morre de tão
morna, vive a deixar quais despedidas fossem atrozes a falhar pelo tapete da
sala, perto do conjunto novo de sofá. Faz tanto atrás, mas se volta, perde a
hora e o ponteiro que era para acertar o tempo de chegar. E que de tanto ninguém
traz, um pouco de conhaque diluído em afeto pra um velho resmungo varrido da
sala de estar. O que me apraz, é um tanto que não se faz, é um orvalho que não
cai e nem uma junta me desfaz aquele afago no peito de deitar num leito de
qualquer rapaz. Apenas faz um tanto de mais, que de um voto não devora, porém
remedia qualquer jura de quem nada sofre mais. Tanto faz.
Matheus Souza
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