VI: Relógio.

Posted by Tk On quinta-feira, 24 de novembro de 2011 0 comentários


"Aquela, a melhor sensação entre poucas que experimentei… Abraçar o suposto amado, nem que por cinco segundos perdidos no espaço entre um até logo, cogitar o irreal sentido do talvez “para sempre”. Parece até que o mundo parou nessa hora para assentir, era só  mais uma das milhões histórias de amor contadas no mundo, embora não fosse de amor… Tudo o que precisava... A respiração confirmando a simples razão de estar alí… Nem que  por cinco segundos… Ele foi meu, apenas por enquanto."

Matheus Souza

Seven Tears.

Posted by Tk On sábado, 19 de novembro de 2011 0 comentários



Uma, ou duas, até mais do que pensam... Não espera que passe, ou que o ajude... Não espera que morra, nem que viva. Apenas sente, sente a chuva, sem molhar a roupa, só os olhos. Somente um ato para mais algumas cairem, mais dois, e já são precipícios, no fundo cheios de esperaças, embora sem vida, despencaram-se sem mais nenhuma, talvez alguma, porém era profundo demais para enxugá-las. No final, só não quer acreditar...

Matheus Souza

Nunca Mais "Para Sempe".

Posted by Tk On sexta-feira, 11 de novembro de 2011 0 comentários



Um dia ouvi que não poderia ter tudo que quisesse, embora que nada foi o que sempre tivera. Aprendi da pior maneira para não se aprender. Mas, hoje decidi esquecer. Fingir que deixei tudo para trás, embora houvesse guardado apenas o que era seu em meio à toda àquela bangunça. É, parecia que eu era muito bom nisso. Conviver com o incômodo, como de praxe. Mas eu sei, "você tem que superar", tentando, melhor do que não, fingir outra vez.

E eu aqui pensando como tudo acabou. E se tudo acabou foi porque não fiz nada para que ficasse como estava. Eu só esperei que fosse você quem não deixaria acabar, que não me deixaria ir embora. Eu sei, que bobo. Desculpe-me, mas não posso mais. Adeus despedida, desculpe-me, só estou cansado de tantas partidas...

Matheus Souza

VII: Coração.

Posted by Tk On terça-feira, 8 de novembro de 2011 0 comentários

   
"Tinha um coração de vidro, frágil aparência de ferro, sufocado em suas rachaduras. Perdiam-se entre as outras, perdiam-se as esperanças entre ele. Com o tempo as lágrimas se fundiam ao exterior e o blindava, inexistente à luz, sem olhos, como iria enxergar sua cegueira? Tornava-se mais do que era depois da infeliz noite, mais não-vivente, ou apenas parecia. Envolto em tristeza, sete janelas, somente a alma... Um coração à prova de um algo qualquer. Acima de tudo esperava o dia em que seria à prova de você. Escute o  som que vem lá de baixo... Sem fim."

Matheus Souza

A Flor de Papel.

Posted by Tk On quinta-feira, 3 de novembro de 2011 3 comentários



Dei-te uma flor, da maneira que quisesse ficaria com ela, só para lembrar de ontem, lembrar de mim. E o que mais posso fazer se ela implorou pela volta? Agora, mando-te esta, de papel manchado, riscado, folhas de um diário rabiscado de tinta vermelha, não repare, como de praxe. A outra não durou, nunca iria durar, achei que iria ser para sempre -que bobo-, murchou, morreu, foi-se, embora eu continuasse aqui sentado na varanda da sua casa. Essa sim, talvez dure, ou não, vai saber... Mas, quero que a devolva. Essa irá te abrigar, quando perguntada sobre a leve lembrança, herança de seu perfume, irá cantar o futuro místico ascendente que nunca houve entre nós dois...

Acordo, olho por sobre o criado mudo e não está lá, um dia já esteve, pelo menos esteve, e eu sabia que acabaria na falta. Quisera, rezo por discreta angústia presa entre os lábios... Espero... Sei que há várias cores entre as pétalas cinzas, só não consigo enxergá-las ainda, embora eu saiba. E desculpe-me, aquele foi um dia nublado... 

Disse que me amava, talvez só para que lembrasse de você, de ontem. Coitada da flor que nunca tivera sossego, de pétalas em pétalas arrancas sempre tivera seu fim, por mais que você dissesse que iria custar a eternidade.


Matheus Souza