Estilhaços de desafeto jogado por
todo lado. Eu nem sei mais. Nunca me preocupei em descobrir como me faço isento
de mim mesmo, desses pensamentos malucos, meios perdidos ao que não convém
recontar. Eu quero de volta, e logo, preciso daquele motivo que me foi roubado,
apenas para dizer que não quero mais silêncio em mim. Já chega desse sorriso
desbotado na cara, esse que quando no quarto vai borrando pelas lágrimas,
guardado na gavetinha esquecida do criado-mudo.
Mas aí vem você, estranho,
olhando fundo e alarmando que não existe forma de vida nesse meu mundinho cinza.
Você não tem o direito de invadir e de confiscar as minhas lembranças, pois
você é tão cinza quanto eu. Mas pelo incrível que pareça você matiza esses
minutos jogados fora conversando bobagens. Então você vai enfeitando esse meu
ínfimo riso. E eu querendo ser incauto, mas singelo ao dizer que não me faça
distância, faça-me bem. Ao final, ficam apenas minhas condolências ao final de
sempre, que eu sei de cor, taxado, nessas linhas infindáveis. Desculpe-me...
Matheus Souza
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