Grave.

Posted by Tk On quarta-feira, 11 de julho de 2012 0 comentários



Estilhaços de desafeto jogado por todo lado. Eu nem sei mais. Nunca me preocupei em descobrir como me faço isento de mim mesmo, desses pensamentos malucos, meios perdidos ao que não convém recontar. Eu quero de volta, e logo, preciso daquele motivo que me foi roubado, apenas para dizer que não quero mais silêncio em mim. Já chega desse sorriso desbotado na cara, esse que quando no quarto vai borrando pelas lágrimas, guardado na gavetinha esquecida do criado-mudo.

Mas aí vem você, estranho, olhando fundo e alarmando que não existe forma de vida nesse meu mundinho cinza. Você não tem o direito de invadir e de confiscar as minhas lembranças, pois você é tão cinza quanto eu. Mas pelo incrível que pareça você matiza esses minutos jogados fora conversando bobagens. Então você vai enfeitando esse meu ínfimo riso. E eu querendo ser incauto, mas singelo ao dizer que não me faça distância, faça-me bem. Ao final, ficam apenas minhas condolências ao final de sempre, que eu sei de cor, taxado, nessas linhas infindáveis. Desculpe-me...
Matheus Souza

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