A Flor de Papel.

Posted by Tk On quinta-feira, 3 de novembro de 2011 3 comentários



Dei-te uma flor, da maneira que quisesse ficaria com ela, só para lembrar de ontem, lembrar de mim. E o que mais posso fazer se ela implorou pela volta? Agora, mando-te esta, de papel manchado, riscado, folhas de um diário rabiscado de tinta vermelha, não repare, como de praxe. A outra não durou, nunca iria durar, achei que iria ser para sempre -que bobo-, murchou, morreu, foi-se, embora eu continuasse aqui sentado na varanda da sua casa. Essa sim, talvez dure, ou não, vai saber... Mas, quero que a devolva. Essa irá te abrigar, quando perguntada sobre a leve lembrança, herança de seu perfume, irá cantar o futuro místico ascendente que nunca houve entre nós dois...

Acordo, olho por sobre o criado mudo e não está lá, um dia já esteve, pelo menos esteve, e eu sabia que acabaria na falta. Quisera, rezo por discreta angústia presa entre os lábios... Espero... Sei que há várias cores entre as pétalas cinzas, só não consigo enxergá-las ainda, embora eu saiba. E desculpe-me, aquele foi um dia nublado... 

Disse que me amava, talvez só para que lembrasse de você, de ontem. Coitada da flor que nunca tivera sossego, de pétalas em pétalas arrancas sempre tivera seu fim, por mais que você dissesse que iria custar a eternidade.


Matheus Souza

3 comentários:

Moniky. disse...

Muito bom como dee costume. (:

Juliane Bastos disse...

Olá, encontrei teu blog em uma comunidade e já estou seguindo.
Gostaria de ter você no meu blog também.
http://juliane-bastos.blogspot.com/

Juliane Bastos disse...

Voltarei mais vezes sim, obrigada pela visita. :D

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