Pode Ser De Novo.

Posted by Tk On segunda-feira, 11 de junho de 2012 0 comentários



Primeiro veio o olhar, consecutivamente, a sensação mais esquisita da noite. De súbito, ele o fizera lembrar um passado, dentre outros muitos que deixou de lado por ser quem é, algo meio dolorido, algo no sorriso, supõe, não, não só o sorriso, era tudo, ou talvez fosse apenas uma fantasia cósmica de que haveria uma segunda chance para sua falta de sorte. Ilusão. Por mais que o fosse triste, quem sabe não vertia para o bem? Minta mais um pouco para si, e pronto, acredite, enfim, há de acabar perfeitamente convencido que dessa vez era diferente, com qualquer que seja o estranho que lhe roubasse a atenção.  Deve sinceridade quando diz que continua culpando os olhos, ou o desespero por um singelo recomeço. Isso por uma maldita e excedente curiosidade, duvida se há de assentir ao sim, ao menos alguma vez nessa vida aleatória, ou se tudo há de proceder da forma de costume, até que, até que, enfim... 

Então confessa, fora uma expectativa, essa espécie de teste sem nexo. O resultado foi como imaginara... De novo. É. Engano, tão frio, todavia de forma humana, sutil. Talvez, pior fosse aquela comparação discreta, por hora ainda não escolhera a mais dura. Aquele que tão rápido chegara, ainda mais rápido ira embora. Não deixara saudade, tampouco um mísero sentimento qualquer, exceto que restara apenas a óbvia frustração. Como de praxe se fizera de bobo, sempre soubera que o coração é uma criança levada pelo encanto, no entanto, nunca deixara de se encantar sequer uma vez antes das lágrimas. Após o delírio, se pusera a esperar então, como é forçado a permanecer, por um folhetim que não fosse avulso, diferente de todas essas páginas, que por sorte ficariam para trás. Jurava também, não supor sequer felicidades, deixar por obra do destino, se for de ser por ele. Ao final, talvez fosse preciso um “novamente”, mesmo sozinho, nada nunca impedira de sonhar com o amor.

Matheus Souza

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