Não sei como acordei mais uma vez
com essa tristeza disfarçada em ânimo, impotente contra todo esse passado ao
lado da sua ausência. Não sei como tive noção de que realmente estava tudo perdido
novamente, foi tão assim, indolor, fingido. Nem percebi que quando você sumiu de
vez já me dera conta que era amor, que amo tanto, nunca admitindo fora dessa
proporção, minha ilusão foi acreditar que nunca houve, nunca foi.
Nesse minuto, enquanto escrevo,
as palavras refutam esse meu disfarce mal criado, soa como dor, e dor, e assim
vai doendo, sem deixar dúvida de que nunca fui capaz de esconder esses meus
quaisquer e iminentes ataques de desespero por alento. Eu só tentei amar,
entende? Da maneira mais não-recíproca já vista. Fui tão longe, até conseguir
me destruir por dentro, por completo, ruindo, sem ruído, sem deixar rastro de
veracidade nas minhas escolhas avessas à vontade, sempre dizendo que deveria te
ver de novo, beijar-te de novo, e fantasiar o que nunca há de ser escrito pelo
destino.
Então, agora posso ser, posso
imaginar ser, alguém recomeçando, curado de todos os erros, sem precisar de
cuidado sequer, embora isso fosse se juntar a todos os outros enganos sobre as
minhas mentiras. Embora, em nenhum momento não me surpreendera tanta vontade de
enxugar essas lágrimas.
Matheus Souza
1 comentários:
Curando os desencantos,literalmente.Escreves muito bem,são sentimentos tão bem colocados em palavras...que vale a pena reler.
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