Acendam os Rabiscos no Céu.

Posted by Tk On quarta-feira, 4 de julho de 2012 0 comentários



Declaro aqui o motivo de toda essa falta concisa em suturas. Pois dói estar são e não saber ladrilhar estradas sob esse céu. E sobre o céu nem atrevo a constar distância, antes pus nos pássaros cartas que caíram como chuva em desdém, afogando ao relance dessa ideia de felicidade. Eu sei que a vida continua assim, eu ainda contando os passos do meu atraso, colecionando pecados. É que eu só queria alcançar, almejando apenas a sensação de almejar, desejar chegar a algum lugar, pelo menos uma vez, nesses ensejos entre os dedos nervosos.

Nunca me adverti a errar, nem me interessei nas feridas que as alturas fizessem. Só pensei em fantasiar que a corda era estrada, talvez imerso naquele oceano de ilusões tivesse uma daquelas faíscas que esperançassem algo bom, de verdade. Além do que, na verdade esses olhos se cegaram, castigados de tanta luz alumiando o descanso escasso, sob a sina que não dá passagem a essa vontade de gritar de dor, abafado pela a sede de acertar, findando as certezas no peito de que esse tempo não muda. Depois daí eu nem faço lembrança de quando me foi dada a bênção de imaginar essa felicidade pela a primeira vez, só sei que está no lugar que está, por aí. Assim, como não me foi dado o dom de vê-la, será me dado o de tocá-la e quem sabe prendê-la a mim por alguns segundos cerrados antes que dê os pés ao vento.

Nesse sonho tão etéreo, criei-me os mundos que a mente deixa criar para me pôr ao desejo de viver, perdi-me o quanto o engano deixa perder, mesmo sendo difícil a senda do novamente. Depois de acordar no concreto, refaço os levantes e me doou mais um pouco a dor, ascendendo o olhar aos meus nadas e às incertezas. Enfim, talvez o caso seja custar a dar fim a essa prosa... Continuando tão à toa até que perceba o quanto não se fez por amor.

Matheus Souza

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